domingo, 15 de janeiro de 2012

Nossas Mascaras

O stress da semana acumulou e no meu peito eu sentia a força daquele sentimento doido para explodir, me segurei sorri para todos ao redor, disfarcei, me sufoquei. No fim do expediente deixei a mascara cair e sai as pressas, corri, até meu coração está pronto para sair pela boca, foi então que me vi no topo do nada, na minha frente só o céu, ali eu chorei, gritei, me livrei de tudo que sufocava, as estrelas me ouviam e sorriam para mim, seu brilho me emocionava, como pode, estar sozinha no nada e eu... Senti-me sem forças as horas tinham passado e eu não havia sentido, senti algo tocar em meus ombros, estremeci, como o assovio do vento as palavras foram ditas "eu ti ouvi agora vamos ouvir o que tem pra ouvir" meus olhos procuraram, percebi que não iria encontrar e na minha frente eu me vi ao lado dos meus pais, estavam sorrindo, ensinando o certo e o errado, me vi dando os primeiros acertos e os erros foram tratados como tentativas e o olhar carinhoso me fez entender, me fez aprender, logo me vi não querendo ouvir, não querendo entender e errando, errando eu cai, me consertei com ajuda de amigos, então continuei caminhando ao meu lado a disposição, atração, desejo, joguei para o alto tudo que me cercava e me dediquei, a decepção me pegou de surpresa, meu caminho deixou de existir, não tinha o por que, não tinha onde chegar.
Não acredito, não importo, sou livre... Sou vazio. O filme dai em diante parecia si repetir, ao meu lado o cenário mudou, eu estava em um quarto, por todos os lados fotos, vultos, minha imagem si refletia em todo, não sentia mais nada a não ser dor, havia um caixa, meu desespero me fez pegar todas aquelas fotos e esconde-las, queria sumir com elas, fui as colocando-as na caixa, quando eu as pegava eu chorava cada vez mais, meu coração parecia sangrar, mas algo dizia para eu não parar, as fotos foram se acabando até que não havia mais fotos pelo chão, olhei para elas dentro da caixa, e meus soluços começaram a sufocar, eu estava revivendo tudo de novo... Criei coragem e fechei a caixa, o quarto estava sujo comecei a limpar, o pó parecia colocado ao chão, persisti, limpei, até que o quarto não havia mais nada... Voltei ao nada, meu coração mais calmo, e minhas lagrimas mais agitadas, então escutei " Aqui está a chave, lá estão suas dores, suas decepções, tudo que você prendeu em seu coração e com coragem si chamou de livre, não se esqueça daquela caixa, ela é colorida, atraente, abra quando necessário pois é ela que te ensinará a caminhar mas não é ela que ti ensinará a ser feliz, a felicidade estará nas novas fotos que talvez você tenha que as guardar, um dia, a felicidade consiste nas tentativas, nos erros e acertos, sorrisos e lagrimas, a felicidade é algo que todos procuram e desiste no caminho por não encontrar por completo, lembre-se você não a tocará sem si machucar, sem si decepcionar, pois a felicidade esta reservada para o fim da caminhada onde os pontos que serão somados não é dos gosos da vida e sim de todas as vezes em que você si levantou e se mostrou um vencedor.

Autora: Paloma Ribeiro

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