sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Esvai ao ficar

Saber o que pode,
ser o que pode,
quem dizer o que pode,
se o que mim pode,
voce tambem pode?

- Não.

No limite da vontade.
Tentar ao insisistir.
Nos olhos já vejo duvida,
nesse espelho perto de mim.

Espelho que não serve.
Espelho quebrado.
Espelho sem função.
Espelho Embaçado.

Meu sorriso superficial.
Que esconde algo que jávinha a temer.
Esconde o que não foi dito,
e que nunca dito será de ser.

Prefiro mesmo esconder.
Omitir de mim mesmo esse fulgor.

Que antes me forçava a ter para sorrir.
Que agora me força o contrario de feliz.

Pelas palavras repetidas
a força se esvái
mas algo ainda fica.
Mesmo agora, que sem utilidade está...

Em TUDO isso,
consigo só culpar a mim,
por ser compreensivo o bastante,
Para ser estúpido em ter esperança.

Autor: Kelvin Rodrigues. No fim, só mais um.

2 comentários:

Vanessa Lima disse...

Olá Kelvin!

Nada é demais quando se escreve aquilo que se sente. Sentimentos e palavras se misturam mais fácil que qualquer outra coisa quando nós podemos deixar fluir tudo isso da nossa mente, nosso coração, nosso ser...
É magnífico ver como coisas simples podem dizer muito sobre alguém, ou até mais do que a própria pessoa poderia perceber...

Gosto dos seus textos pela verdade que revelam,
E por serem simplesmente assim... um retrato seu.

(estou enganada?!)

Beijos!
Vanessa

Homem disse...

Vanessa,

Muito obrigado mesmo!

E voce não está enganada, todos meus textos, poesias, desabafos, frases, tudo, faz parte de mim, é algo que vivi, é algo que senti.
São palavras escorridas de um coração.
Um coração em uns textos feridos, em outros cheios de felicidade, em outros cheio de vácuo.

Tenho um jeito poético nas coisas. Eu sinto demais.
E o que pra minha vida é um problema, em palavras... viram soluções.

Obrigado novamente,
Kelvin

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