#3.1 Cidade Emorrágica
A cidade sangra por tanto passar
É com pesar que ela nos deixa atravessar.
Mas pra que deixar, se temos o poder de criar?
Posso aquela arvore tirar, subir um prédio que ninguem
irá ao menos se importar, ou abrir uma boca e manifestar.
Sature minha cidade, pode saturar.
Dilate seu peito em terra pragente passar.
Sangre desesperadamente...e nos deixe sem ar.
Praça Tiradentes |
#3.2 Gula dos Prédios
Este cimento comelão, essas vigas essas janelas sem cores e que refletem sem querer.
Sem vida sem calor, sem arrepio e com frio.
Cimento de gente.
Não deixam eu ver o sol de todos,
Não deixam eu ver, o fim do seu dia de trabalho.
Não deixam eu ver o que ninguém mais admira ou vê no dia-a-dia.
Mas espere, ver o que mesmo? Desculpe, é por que estou numa correria...
Por do Sol em Belo Horizonte região Parque Municipal |
Autor: Kelvin Rodrigues Ferreira
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