terça-feira, 23 de novembro de 2010

Auto-reflexão


Camila Domingues 
Confesso que não sou fã de todo e qualquer tipo de arte, admiro em especial as pessoas que escrevem, como conseguem se expressar perfeitamente num reles pedaço de papel. Sou do tipo fechada, às vezes me considero um pouco anti-social, mas quem me conhece de verdade, não precisa de confirmações ou palavras, basta um olhar.


Sobre o olhar, só tenho a dizer que é o mais complexo e também o mais puro “denunciador” dos sentimentos. Há pessoas que estão alegres e os olhos denunciam angústia; há outras que estão neutras, mas os olhos denunciam fugacidade. Tenho pra mim que isso é uma armadura usada por eles para não serem alvo de questionamentos ininterruptos.

Retomando ao fato de ser fechada, coloco todos os meus devaneios numa folha de papel, escrevo versos variados, alguns rimam, outros não. A maioria são palavras monótonas e frias, pois me sinto mais inspirada quando estou triste, o que é óbvio, porque se estivesse feliz compartilharia tal alegria no bar com os amigos.

Eu gosto de observar o movimento dos olhos, mostram curiosidade e interesse de tudo que está a sua volta. Logo, os únicos olhos que não gosto de reparar são os meus, porque eles vêem a mesma imagem sempre (eu mesmo) e com certeza isso é muito chato.

Autora Convidada: Camila Domingues

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